O dia que a Jout Jout me abraçou


Não existe ninguém na famigerada internet que não saiba quem é a Jout Jout. Provavelmente o que vocês não sabem é o que é Salipi, evento responsável pelo encontro que tive com a Julia (e o Caião, mas a gente chega lá).

O Salão do Livro do Piauí sempre me animou, desde que descobri que era um evento que tinha livro pra tudo quanto era lugar, e isso aconteceu no auge dos meus 10 anos quando eu só queria comprar livro da Barbie com dicas de como arrumar o guarda-roupa e ser estilosa. Comprei. Pedi pra minha mãe roupas novas no dia seguinte. Não rolou. Quando descobri que a Jout Jout (a maravilhosa, a que faz vídeos pra Internet numa leveza e a mulher que todo mundo quer ser amiga ou criar uma conexão a nível Sense8) vinha pro evento, a minha primeira reação foi gritar no meio da universidade* - e eu nem me desculpei com a tia da lanchonete -, e a segunda foi sair procurando em todos os becos do site como me inscrever.

Teresina inteira parou pela Julia no dia 13 de Junho na Universidade Federal do Piauí, o que reforça a minha teoria de que foi milagre de Deus ter conseguido senha pra autógrafo + foto E entrar no auditório pra ver o bate-papo e ainda ficar na primeira fila. Bate-papo esse que foi mediado, pra minha surpresa, pela mulher que é minha inspiração dentro do Direito desde que me deu uma palestra falando sobre feminismo negro. Sabe aquelas que você olha e pensa "quero ser"? É ela. Então não era só uma mulher que eu admirava muito no palco, mas DUAS, conversando e se abraçando, o que deixou tudo ainda mais incrível.

As quase duas horas dentro daquele teatro se deram no mesmo processo daqueles painéis de comic con que a gente vê no youtube, então em algum ponto o microfone foi destinado a perguntas do povo, o que resultou num guri falando "primeiramente, fora Temer" (aplaudimos por 5 minutos), gente compartilhando histórias tão lindas que a própria Julia desceu lá pra abraçar a pessoa, e minha própria melhor amiga fazendo pergunta ("quais são seus próximos planos?"), coisa que ela não faria em situação nenhuma.

O meu encontro com a Julia foi basicamente essa quem vos fala dizendo "desculpa, tô uma bagunça, vim da universidade direto pra cá [ri de nervoso]" e ela respondendo com "não tem problema" e eu logo depois "olha, amei seu livro demais, sério, já até marquei tudo aqui [mostra os post-is]"e ela "ai Denise, vou desenhar um coração pra cada post-it que você colocou", então meu livro tá cheio de corações gordinhos da Jout. Amor. Mas aí eu PRECISO falar desse livro chamado Tá Todo Mundo Mal, que é uma coletânea de crises vividas por ela, mas que eu também já vivi/estou vivendo, e certeza que você também.

O livro é bem leve, você não consegue deixar de lado quando pega pra ler e nem percebe que já tá lá no final depois de poucas horinhas. Tem o mesmo ritmo dos vídeos, e por isso mesmo é impossível ler sem ouvir a voz dela na sua cabeça, já que ela escreve do jeito que fala. É incrível, e pra quem não conseguia engajar em leitura nenhuma com a desculpa de que "já leio demais na universidade, ninguém merece ainda arrumar livro pra ler", foi uma boa solução pra reverter essa situação.

Então obrigada, Julia, por me dar de volta o interesse pelo Salipi, dessa vez ativamente, pelo abracinho, pelo tchau aleatório quando você me viu na platéia, por dividir suas/nossas crises e me ajudar com elas e, o principal nesse momento, por me inspirar a escrever aqui de novo, falando do que eu amo e do meu jeito. Você é puro amor.

*Sim, passei tanto tempo fora que sai como estudante do último ano do ensino médio e voltei como estudante de Direito da Universidade Estadual do Piauí. Olá de novo.

P.S.1: Caio. Tive conhecidos meus que estavam trabalhando no evento me dizendo ontem que Caio não estava aqui. Gritamos por Caio. Caio apareceu na minha frente do nada. Caio é lindo, extremamente simpático, tem um sorriso maravilhoso e agradeceu quando elogiei o prefácio dele no livro da Julia. O prefácio é tão bom quanto o livro. Leiam!

P.S.2: Eu acabei de terminar Sense8, entrou no meu top 3 de séries mais lindas do mundo, e a gente tem que falar sobre isso, mas já tô adiantando porque ontem antes do bate-papo teve um pocket show da banda Madalena Soul, e a última música que eles cantaram, depois de falar brevemente sobre igualdade, foi What's Up. Sim, a música daquela cena de Sense8 que até quem não vê a série conhece. Chorei de cair lágrima e ter que tirar os óculos pra limpar.

P.S.3: Não sei se ficou claro com todo o meu fuss over Jout Jout, mas eu voltei. A gente conversa sobre o nome novo do bloguinho em outra oportunidade.

As cinco séries do meu coração

Novembro! Um mês socialmente aceito pra se afundar nas séries com a desculpa de estar no período de férias ou pré-férias (ou sou só eu?). Perfeito pro tema desse mês das Discípulas de Carrie que é justamente aquilo que eu tô sempre falando sobre e vocês não aguentam mais: séries. Eu poderia dizer que sinto muito por falar de um assunto só, mas não sinto, porque minha  vida inteira é baseada e resumida em séries. Então vamos comemorá-las!

De todas as opções que eu tinha pra fazer esse mês, a CosmoTag pra falar meu top 5 de séries da minha vida foi o que mais me chamou atenção. Fui debater sobre com minha twin, a que nunca apareceu por aqui Cecilia, e decidimos que escolher só 5 no meio de tantas mil era injustiça. O diálogo foi mais ou menos:


"Eu acho que já sei o seu top 5"
"Então você faz o meu e eu faço o seu porque não consigo escolher sozinha, que tal?"
"Beleza, que dia gravamos?"

E foi assim que esse vídeo surgiu. Decidimos que íamos fazer o top 5 uma da outra e o nosso próprio ficaria anotado em algum lugar. O plano era acertar as cinco séries que estavam devidamente registradas por cada uma de nós, e olha, na teoria é fácil, mas pra raciocinar os gostos alheios é mais complicado. 

Eu ameiiii fazer isso com a Ceci, já que fomos unidas por uma série e permanecemos juntas por outras. Foi o vídeo mais divertido que a gente já fez - com uma surpresinha de participação especial no final. Tem mais erros de gravação do que conteúdo e por isso pedimos desculpas antecipadamente. Foi maravilhoso começar o mês com o tema mais sensacional de todos, dividindo com uma pessoa linda e dentro do grupo mais amor da blogosfera. 

Então lá vai, o top 5 das séries da minha vida por Cecilia Maria:

A parte do vídeo, que eu respondo por ela, tá aqui no Refugio e vocês podem ir confirmar que eu me saí muito melhor. 


Queen + apelo para a evolução do ser humano

Já pensei e repensei em fazer esse post umas mil vezes, mas descobri que não vou conseguir simplesmente deixar pra lá. E o show do Queen + Adam Lambert no Rock in Rio, galera? "Vocês viram o show?" foi provavelmente a pergunta que mais saiu da minha boca desde o dia de abertura do festival. E para o meu pavor, como pessoa que amou tanto que já baixou o arquivo inteiro e já viu pela quarta vez, caiu uma tempestade de negatividade. 

Queen dispensa comentários. Eu nem me sinto na capacidade para tecer opinião sobre essa banda. Simplesmente épica. Então vamos falar da outra parte: Eu conheço o Adam Lambert faz um bom tempo, já vi documentário sobre e tudo (aquela época boa que o E! transmitia o E! True Hollywood Story, quem acompanhava dá um alô aqui) e ao meu ver ele sempre foi um artista com ótima potência vocal e uma presença de palco sensacional. É o jeito dele, ele é extrovertido e brincalhão do jeito que você tá vendo na TV. A excentricidade dele causa inveja, até. Mas ele não é o Freddie Mercury, e aí que tá o problema pra muitos. "Por que você não gostou?" "Porque Queen que é Queen só com o Freddie Mercury." Eu concordo, EU SEI, que o Mercury é a alma da banda e tá eternizado pelas performances, pela voz extraordinária, pela personalidade e pelas próprias composições. Mas por que, meu Deus, por que as pessoas tem tanta dificuldade em acompanhar mudanças, aceitar outros pontos de vista?
Eu já acho de uma coragem absurda Queen ter continuado esse tempo todo performando por aí, com outros artistas no papel de vocalista, que querendo ou não é a identidade/foto de perfil de uma banda. Seja Paul Rogers, seja Adam Lambert, David Bowie, Elton John... Nunca tá bom pra ninguém. Porque é claro que sua opinião é a mais importante e você sempre está certo, claro. Nunca, nunquinha vão conseguir superar a formação original da banda. Nós sabemos disso, seus pais sabem disso, a rainha da Inglaterra sabe disso, Brian May sabe disso também. Mas não quer dizer que tudo que venha depois automaticamente vai ser uma bosta. Você pode achar que é uma bosta com toda liberdade do mundo, mas porque você ouviu, assistiu e fez uma crítica interna sobre. Não porque simplesmente você QUER que seja uma bosta e pronto. 

Tá fazendo sentindo? Creio que não, porque toda essa questão sobre Queen é só um pretexto meu pra falar que tô cansada.

Opinião é uma coisa absurdamente pessoal. Todo mundo tem o direito absoluto de não gostar de alguma coisa. A questão é que ultimamente eu venho descobrindo que se tem uma coisa que o ser humano sente um prazer orgasmático em fazer é reclamar. Reclama tanto que nem chega a ser opinião própria mais, é só vontade de se achar superior ou a única pessoa no mundo que tem opinião relevante. Tá liberado descer o pau em alguma coisa? Tá sim, liberdade de expressão existe e já que muita gente a usa pra falar merda atrás de merda, por que você não poderia, né? 

 Mas, sei lá, tem uma técnica que eu uso pra me policiar sobre certas coisas que todo mundo deveria aprender.

  • Passo 1: O que você está prestes a falar vai acrescentar algo na sua vida? Ou te fazer desabafar, tirar um peso dos ombros? Se sim, podemos ir para o 
  • Passo 2: O que você está prestes a falar vai chatear ou machucar alguém perto de você que tem a opinião contrária? Se a resposta for não, vá em frente. Se sim, feche a boca e pense melhor.

Minha música favorita da Taylor Swift (porque sim, eu posso ouvir rock e pop ao mesmo tempo e citar os dois no mesmo post) tem um quote que fala mais ou menos "tão casualmente cruel em nome de ser honesto". E é bem isso mesmo. Sou a favor de toda e qualquer troca de opiniões, intercâmbio de ideias, discussões do bem onde cada um mostra seu lado e os motivos de pensar desse jeito. Mas não dá pra ter isso já indo com sentimento de superioridade, aquele famoso "eu que tô certo, você tá errado". Tem mesmo um certo ou errado? Tem? E se tem, por que necessariamente a SUA versão seria a certa, no meio de tantas outras? 

Se você olhar o significado da palavra incompreendida no dicionário você vai achar uma foto minha do lado. Sou a rainha de gostar com todo meu coração de coisas que o resto da sociedade detesta e vive falando merda. Então acreditem em mim: eu sei como é. Eu sei e tô de saco cheio de achar que sempre sou a errada ou sempre tô sozinha na situação porque só eu que entendo, a maioria não. E ouço calada. A famosa síndrome de pensar muito e não dizer nada, sabe? Geralmente dá pra ficar ok com isso tudo, mas chega um ponto que é o suficiente. E essa sou eu, dando um basta. 
River Song: a personificação de 100% do meu amor refletindo em 395% de ódio dos outros
Em suma, não desmoralizem algo só porque você não gosta. Seja em música, seja em série, seja em comida, seja em religião. Qualquer coisa. Sou adepta da ideia de que aceitar e conviver com as infinitas diferenças que temos é o primeiro passo pra um convívio TÃO melhor que poderíamos ter. A vida é curta demais pra ficar criticando, vamos cada um curtir o que gosta nessa liberdade maravilhosa que é todo mundo amando o que quer no seu cantinho sem medo de ser feliz e sem gente chata pra encher o saco. 

"Não tenho medo de falar o que penso, ou dizer coisas que quero dizer, ou fazer o que quero fazer. Eu acho que no final, ser natural e completamente genuíno é o que ganha." - Freddie Mercury 

P.S.1: Já que eu usei o fato do Queen só pra me embasar nesse desabafo de última hora que já estava escorrendo pelos meus dedos, considerações finais sobre o assunto: Ué gente, vocês já ouviram Show Must Go On? É justamente o que a banda tá fazendo. Lide com isso.

P.S.2: Tem muita gente que não gostou do Adam nos vocais com argumentos bem sensatos sim, com todo o direito do mundo. Porém, ainda não sei como resistiram ao sorriso maravilhoso desse homem. Sério.

P.S.3: Eu acho a coisa MAIS FOFA que a audição do Adam no American Idol (sdds Simon Cowell e Paula Abdul no Idol, sdds) foi com Bohemian Rhapsody e agora ele tá como vocalista da banda. Fica aí pra reflexão que tudo é possível. You go, Adam.



Relacionamentos além do espaço-tempo

Esse é mais um post sobre Doctor Who nesse blog que não deve ser ignorado.

Cortando o papo de sempre dos motivos para amar, assistir ou pelo menos conhecer essa série, vamos ao que interessa: nona temporada tá logo aí (19/09, sábado)! Meu plano pra esse dia era assistir -por player travando e qualidade péssima- ao vivo o episódio que dá início a todo um novo arco de histórias com viagens no tempo, MAS algo que vocês deviam saber sobre mim é: as coisas dão errado. Quase sempre. Então, pra me consolar dessa perda horrível de não acompanhar pela primeira vez uma temporada nova como as outras pessoas normais, decidi que esse post era, sim, justo. E ninguém me prova o contrário. A não ser o Doctor, que pode aparecer aqui em casa quando quiser me chamando pra lutar com alguns aliens num planeta distante.

Recentemente vi um post super bacana num blog que amo à distância, onde a Anna esclareceu os relacionamentos da Taylor Swift da maneira mais descontraída possível. Vim descaradamente usar de inspiração pra montar esse aqui, sobre os ~relacionamentos~ desse tal de Doctor (que não é tão famoso quanto a Taylor, mas no UK chega perto). Uma retrospectiva das principais mulheres que já viajaram pelo tempo e espaço por aí com o Dotô. Não me atrevo a separar os romances das amizades, nessa série nunca se sabe.

Sem spoilers e totalmente entendível pra quem não conhece, prometo. Allons-y. 

ROSE TYLER (ou: defender of the earth)
O que devemos saber sobre ela? Vendedora de loja, leva aquela vida simples e pacata de uma londrina comum com um namorado apenas 10% suportável. Conhece o Doctor depois de ser salva por ele num ataque alienígena de bonecos de plásticos (nem perguntem, gente, eu juro que a série melhora, eu juro, vocês vão ver). Desiste de tudo pra viajar com um estranho que disse que é um alien e viaja no tempo e no espaço ele. Primeira companion. 

Qual Doctor: 9 e 10, uma temporada com cada um, mas todos sabemos que o amor foi maior com o 10. Sabemos sim. 

Quote tema: Você não desiste simplesmente, você não deixa as coisas acontecerem, você toma uma posição, você diz não! Tenha a coragem de fazer o que é certo mesmo quando todo mundo já fugiu." (OU "Rose Tyler, I-")

O que aconteceu? Coisas tristes, dependendo do ponto que você analisa. Mas aceitável, com alguns protestos.

Para refletir: Personagem normal, sem precisar de muito pra ser querida, porque ela simplesmente é. Extremamente forte e pé no chão. É de conhecimento universal que o Doctor era extremamente apaixonado por ela e, nas palavras do ator, "Rose era uma namorada, mesmo que eles não tenham dito". É citada na série até hoje, 10 anos depois da primeira aparição. 

Veredito: se amaram e ainda se amam, provavelmente ficariam juntos se as circunstâncias (e nesse caso eu me refiro aos roteiristas) ajudassem. Otp. Casal. *bate martelo*




MARTHA JONES (ou: savior of the world)
O que devemos saber sobre ela? Estudante de Medicina, com uma família meio sem pé nem cabeça, desesperada por um namorado e apenas 70% suportável no começo. Conhece o Doctor quando o hospital que está tendo aula prática é abduzido e vai parar no espaço. Encantada, larga tudo pra viajar com ele.

Qual Doctor: apenas o 10.

Quote tema: "Passei muito tempo com você achando que era a segunda melhor, mas sabe de uma coisa? Eu sou boa."

O que aconteceu? A vida e um toque de despertar que ela ouviu finalmente e foi viver como merece, com quem a merece. Amém.

Para refletir: Viveu uma temporada inteira às sombras de Rose Tyler mas aceitou que não estava ali pra substituir ninguém lá pro final. O crescimento e a mudança dela do primeiro ao último episódio é invejável. Reconheceu o valor dela e foi bem bonito. Deu um basta na situação de amor platônico mas continuou presente na vida dele, apoiando e ajudando no que podia. Queria superar as crushes do jeito que ela superou a dela. #goals

Veredito: Aquelas amigas que estão disponíveis pra te ajudar a qualquer momento, em qualquer situação. *bate martelo*




DONNA NOBLE (ou: the most important woman)
O que devemos saber sobre ela? Conhece o Doctor ao ~misteriosamente~ desaparecer do próprio casamento e ir para na nave dele. Acredita não ser boa o suficiente pra absolutamente nada. Mesmo assim, jamais vai aceitar alguém a diminuindo ou a colocando pra baixo, vai defender o que acredita até o fim e tem um coração gigante. Hilária. Não viaja com ele de primeira. Não temos dificuldade nenhuma pra diferenciar quem manda em quem nesse relacionamento: é ela. 

Qual Doctor: 10

Quote tema: "Sou um ser humano, talvez não tão notória, mas tão importante quanto Senhores do Tempo, obrigada."

O que aconteceu? Coisas tristes. Bem tristes.

Para refletir: trouxe uma dinâmica totalmente diferente ao Doctor, e ninguém o via tão feliz desde a saída da Rose. Donna é daquelas que queremos colocar num potinho pra guardar de tão preciosa e só merece o bom e o melhor da vida. Universalmente conhecida como a personagem que uniu todas as tribos. Impossível não amar. Nas palavras de Rose Tyler: Donna Noble, você é a mulher mais importante de toda a criação. Ah, e falando nisso, ela é a maior shipper de Rose e 10, just so you know.

Veredito: Aquelas que você conta tudo o que perdeu, tudo o que tá sentindo e que sabe como te fazer sentir melhor com um sorriso. Melhor amiga. *bate o martelo bem forte mesmo que é pra ninguém discordar* 



*regeneração* 

AMY POND (ou: the girl who waited)
O que devemos saber sobre ela? Conhece o dito cujo ainda criança, logo depois que o 10 vira o 11. Primeiro rosto que ele viu. Sotaque e personalidade escocesa. Passou a infância e adolescência inteira achando que o Doctor era um amigo imaginário porque ele demorou anos para encontrá-la de novo. Noiva, larga tudo pra viajar com ele já adulta, sem dizer nada sobre o vestidão de casamento que estava deixando pra trás. 

Qual Doctor: 11, apenas

Quote tema: "Tem uma menina esperando no jardim, ela vai esperar muito e vai precisar de muita esperança. Vai lá e conta uma história pra ela. Diz que se ela for paciente, virão dias que ela nunca vai esquecer."

O que aconteceu? coisas bem tristes, bem tristes. Tão tristes que chorei escrevendo o quote anterior.

Para refletir: o desenvolvimento da Amy também é absurdo, comparar a personagem do primeiro com a do último episódio é de cair o queixo. Aprendeu a lidar com as coisas e parar de fugir da própria realidade. Amadureceu tanto que conseguiu seguir com uma vida que nunca imaginou que teria e ser feliz com isso. Segunda companion de maior duração.

Veredito: Tenho provas, caso alguém queira rebater minha opinião de que o sobrenome Pond, na vida do Doctor, significa família. Em todos os sentidos possíveis. *BATE MARTELO*




RIVER SONG (ou: who are you, River?) - opiniões não serão inclusas nesse relato, vou manter my shit together -
O que devemos saber sobre ela? Levando em conta que eu prometi um post sem spoilers, nada. Não podemos saber absolutamente nada. A não ser que ela tem uma timeline contrária à do Doctor, o passado dela é o futuro dele, então tá tudo ao contrário. Na primeira vez que ele a encontra, ela já viveu tudo que tinha de viver com ele, o que ele ainda vai viver com ela. Desisto, não sei explicar. É de conhecimento universal que o 11 tem uma queda absurda por ela e não tenta nem disfarçar. Nas palavras do mesmo: cabelo legal, esperta, e ao contrário de mim, não se importa de atirar em pessoas. Eu não deveria gostar disso. Meio que gosto. Um pouco.

Qual Doctor: Ao nosso conhecimento 0 10, principalmente o 11, em breve 0 12, e em alguns meses o 8 (eu disse que a timeline era meio perturbada). Mas ela afirma que conhece todos e tem uma foto de cada um guardadinha. 

Quote tema: "Quando se está apaixonada por um deus sem idade que insiste em ter a cara de uma criança de 12 anos, faz-se o melhor pra esconder o dano." (OU "hello sweetie") (OU "spoilers")

O que aconteceu? Nem eu sei, não espero que vocês saibam.

Para refletir: Poderíamos refletir sobre várias coisas, mas não vamos. Espero que o fato de ela poder sair de uma prisão de segurança máxima sempre que quiser, ter um diário que ninguém pode ler, saber mais sobre o próprio Doctor do que ele mesmo e inclusive ser a única que sabe o nome dele de verdade sirva pra alguma coisa. Ah, pode viajar quando quiser no tempo e no espaço sozinha e é formada em Arqueologia. 

Veredito: Não darei. No meu coração é caso encerrado, mas aqui deixarei como caso aberto. 

CLARA OSWALD (ou: the impossible girl)
O que devemos saber sobre ela? Aparece e sai, aparece e sai, até que fica de vez. Ex babá, atual professora de Inglês. Sabe o que quer, como quer e o motivo de querer. Já chega deixando claro que não tá ali pra substituir ninguém não, se quiser andar com ela é por quem ela é e não pra substituir vazio alheio. Arruma um namorado 0,000000000% suportável no meio do caminho. Precisa ter o controle de todas as situações da vida pra não surtar. Tá sempre certa, até quando não tá. Mente um pouco mais que o comum. Nas palavras dela: she's the boss.

Qual Doctor: Todos, especificamente 11 no começo, um encontro no percurso com o 10 e atualmente o 12 (primeiro rosto que ele viu etc)

Quote tema: "Só porque meu rosto bonito fez sua cabeça não suponha que eu seja tão facilmente distraída."

O que aconteceu? Nada que tenhamos conhecimento. Ainda.

Para refletir: Companion de maior duração. Tem a personalidade mais forte da lista toda, não aceita erro alheio e tem 0% de paciência pra quem tá começando. A única que conseguiu derreter o coração duro do 11 depois de c e r t o s acontecimentos e colocar o 12 nos eixos constantemente. Tem a liberdade de bater na cara dele ou simplesmente gritar dando lição de moral sempre que discorda de alguma coisa. Sente mais do que demonstra e raramente confessa isso. Ele é o emocional, ela é o racional, mas às vezes eles trocam. Dinâmica totalmente diferente entre 11 e 12, mas sempre absurdamente forte. 

Veredito: Queria falar "unidos para sempre e só a morte separará", mas o roteirista dessa série leva os comentários muito a sério e é melhor não arriscar. É amor? É paixão? É amizade? Aquela tensão de opostos se completando? Não sabemos. De qualquer forma, ainda fico com o Unidos Para Sempre. *brinde*

Feita minha brincadeira, agora vamos falar no sério: eu sempre digo que, pra uma série de alien, essa é a série mais humana que existe. Sério, tudo dentro dela é pra explicar como o ser humano funciona. Fala das pessoas que perdemos durante nossa vida, que não são poucas, mas sempre tem uma lição a mais pra aprender ou alguém novo pra conhecer. Mostra como pessoas totalmente diferentes podem te mudar por inteiro. Porque como o próprio Doctor disse: meus amigos sempre foram a melhor parte de mim.

Na nossa vida sempre vai ter alguém doce e forte como a Rose, que tá feliz com o pouco que tem. Alguém como a Martha que passa a vida toda sofrendo por algo que não é pra ela mas, quando finalmente cai em si, se descobre. Alguém como a Donna que sabe se impor e falar por si, mesmo que lá no fundo não se sinta boa o suficiente pra merecer alguma coisa.

Alguém paciente como a Amy, que abre mão da vida de fantasia pra viver a vida real com quem a ama. Alguém inteligente como a River que sofreu a vida inteira silenciosamente por coisas que não podia ou não conseguia mencionar com ninguém. Alguém como a Clara que perdeu tanto mas seguiu em frente de cabeça erguida, do mesmo jeitinho que a conhecemos. 

Ou somos nós mesmos. Todas essas características, ou pelo menos uma delas, tá na gente. A diferença é que não temos uma máquina do tempo pra fazer bonito. Faremos na vida, fica combinado assim? Esse sábado eu não vou ver o começo da nona temporada, mas eu vou lembrar tudo que eu aprendi em um ano com as personagens que me representam, de um jeito ou de outro. 

Ah, e devem estar se perguntando onde o Doctor entra nessa história. 
Doctor Who?


CosmoTAG: 5 divas que eu admiro


Ou em outras palavras: aquele post que posso ser fangirl com motivos.

Todo mês as discípulas escolhem um tema que é um tapa na minha cara porque SEMPRE cai algo que sou apaixonada! Que que isso?? Kaka acaba com meu miocárdio assim. Em Setembro o tema é •.¸¸.•**•DIVAS•*´¨`*•.¸¸.•* e eu tenho que escolher 5, assim, do mundo inteiro, pra representar aqui. Todo dia é um 7x1 diferente, né migos. Vamos tentar.

Peguei as divas da vida real mesmo, porque se fosse ficção esse post atingiria outro nível de loucura, mas fiquei com as que não conheço e não fazem parte da minha vida (diretamente). Poderia encher aqui com as divas do meu dia a dia, mas não teríamos espaço suficiente. 
Não sei como foi que aconteceu, mas Tarsila... Ahhh, Tarsila. Toma aqui meu coração pra você. <3
Nunca dei muita bola pros quadros dela já que não sou fã do cubismo exagerado ou de cores fortes e quentes gritando na minha cara, mas ao pesquisar um pouquinho mais da história da artista, me rendi. Estudou tanto fora que podia ter ficado por lá mesmo, continuando sua arte que no início era bem européia, sem nenhuma influência moderna. Mas ao voltar para o Brasil depois da semana de 22 colocou na cabeça que queria ser conhecida como artista brasileira. E foi. Tarsila era muito além do seu tempo: casou 4 vezes, sendo a última com um homem 20 anos mais novo, mostrou pelos seus quadros o Brasil de classes, o Brasil de negros, Brasil de trabalhadores, com toda aquela cor vibrante e traços proporcionalmente deformados. Ajudou a criar o Movimento Antropofágico (pessoal da literatura gosta de dizer que o movimento é apenas do Oswald. Não é. Me respeitem.), que foi extremamente importante para dissipar a cultura brasileira. Como nem tudo são flores, a decepção da sua vida foi o envolvimento com o dito cujo, Oswald (não se deixem enganar pelas palavras bonitas de um poeta, meninas), MAS, de coisas ruins saem coisas boas, sim? Então, Abaporu foi feita pra ele e atualmente é a tela brasileira mais valorizada no mundo. Boatos de que Tarsila morreu de depressão, mas nem em seus últimos anos perdeu a postura: em uma entrevista 1 ano antes da sua morte eu só consegui ver uma senhora lindíssima, extremamente doce, muito bem educada e de sorriso fácil. Inspiração! 


Eu falo tanto nessa mulher que nem sei o que colocar aqui que não seja repetitivo. Alexandra é uma das mulheres mais fortes que eu já "conheci". Sabe aquelas raras pessoas boas que só recebem coisas ruins da vida? É ela. Cada história dela é uma lição que eu tiro pra minha vida, como toda a situação de seu casamento com aquele que não deve ser nomeado (literalmente, porque o cara em questão é o Voldemort. A gente aqui fã da Alex também não gosta de mencionar o nome dele de verdade) e da tremenda traição dele, falta de bom senso e babaquice com ela publicamente. Devastada com o fim do casamento, depressiva e suicida, ela finalmente se achou de novo. No trabalho. Você vê a Alex atuando em ER, colocando a personalidade calorosa e atrevida dela à personagem, nem dá pra desconfiar que ela tinha acabado de sair do momento mais escuro da vida. Aí veio outro marido, e com ele o sonho de ter filhos, até descobrir que não podia. Foi outro período bem longo, sofrido e doloroso, com procedimentos médicos por anos tendo de ser feitos entre os pequenos intervalos de gravações da série. Mas a filha veio, e o segundo casamento se foi. O que me admira tanto é que ela teve momentos bem delicados na vida, momentos que qualquer outra pessoa teria jogado tudo pro ar e desistido, mas ela conseguiu passar por cima de tudo com uma força que eu invejo e também admiro. Alex é a prova vida de que pode tudo estar desmoronando mas se você continuar de cabeça erguida, melhora. Porque sempre melhora. Ela é aquele tipo de pessoa que passou pelo inferno mas sobreviveu e voltou para eventualmente rir da própria desgraça, porque ela não tá mais nem aí pro que pensam ou deixam de pensar sobre ela (sério, a mulher usa cada trapo no lugar de roupa que eu fico pasma e ao mesmo tempo feliz porque ela REALMENTE acha bonito e CONSEGUE ficar bonita, porque ela simplesmente não se importa). Como artista é sensacional também! Atua, canta, é xonada por coisa antiga, faria peças de Shakespeare pro resto da vida se deixassem e ainda pinta nas horas vagas! E eu tenho quase 100% de certeza que sou apaixonada por todas as personagens dela porque cada uma carrega um pedacinho da atriz em si. 
(Considerações: Alex casou pela terceira vez esse ano, em Roma, com a filha -que já tá enoooorme e super gata- de dama de honra e está muito bem com o maridão, obrigada. Quer mais? Em Dezembro ela volta, depois de dois anos sem participar, para Doctor Who. Nem chorei, só tremi.)
Calma gente, não fecha a página ainda e não desiste de mim. Vamos começar falando que obviamente essa não é a Bolena de verdade, é a atriz que a interpreta em The Tudors, mas não deu pra resistir a essa foto de absoluta diva da Dinastia com a mão na cabeça provavelmente pensando "que bosta de situ que eu fui me meter, Henry VIII is a jerk". 
Ok, essa aqui é literalmente rainha. Antes de me jogarem pedras, vamos esquecer por um minuto o adultério, o incesto e a cabeça perdida dela, tá? O poder de sedução dessa mulher deve ter sido sensacional, vocês já pararam pra pensar? Não é todo dia na história que um Rei quer TANTO ficar com uma mulher que inventa uma nova igreja só pra poder se separar da atual Rainha e da Igreja Católica que não concordava nadinha com isso.  Não é sempre também que nasce uma mulher com lábia tão boa pra conseguir tudo isso do homem mais poderoso da Inglaterra. E deu certo. Igreja anglicana tá aí até hoje, migos. Ana não foi exatamente a figura inglesa mais querida pelos súditos, ou a mais gentil, mas me arrisco a dizer que ela foi uma das mais espertas, mais pé no chão, daquelas que não desiste de algo até ter conseguido. Sabe aquela frase clichezona  "não sabendo que era impossível, foi lá e fez"? Então. Ana Bolena todinha. Só reinou por mil dias, mas deve ter um motivo pra ela ser, entre as 6 outras esposas que seu marido teve, a mais lembrada até hoje, junto com outras grandes mulheres que já passaram pela monarquia inglesa. Como eu disse: diva. Há quem grite comigo e diga que a Ana foi só uma vadia bonita que estava no lugar certo na hora certa. Pra mim, ela continua sendo muito mais esperta e inteligente que todos vocês juntos. E sabe a rainha da Era de Ouro na Inglaterra? A famosa Elizabeth I, a rainha virgem, que governou melhor que muito macho alfa por aí um país tão grande? Então, ela era filha de Ana Bolena. Caso encerrado.


Já que me deixaram entrar no assunto realeza, vamos falar dela: Sua Majestade, Rainha Isabel, Rainha Mãe. A mulher que Hitler afirmou ser a "mulher mais perigosa da Europa". Isabel era a Rainha Consorte do Reino Unido já que sei marido, Jorge VI, recebeu o trono de surpresa, depois que o irmão abdicou. Cá entre nós, o Jorge era bonitão mesmo, mas era gago, cheio de doença e sem preparo nenhum para ser rei. Basicamente quem reinava por ele, o ajudava nas decisões, nas leituras e escritas de documentos era a Isabel, que era suuuuper querida pelo povo (sério, olha essa carinha, que fofa, como não amar?), mais do que até o próprio marido. Extremamente amorosa, humilde e pé no chão: a palavra dela era aquilo e pronto, ninguém conseguiria fazê-la mudar de ideia. Na Segunda Guerra ela publicamente se recusou a sair do país em meio aos ataques da Alemanha, arriscando a própria segurança. Nessa época ela visita as tropas, hospitais, e dava todo apoio à nação que conseguia. Sabe o "keep calm and carry on", aquele anúncio que virou meme com uma coroa em cima? É do reinado dela, pra dar uma motivação à população continuar vivendo em frente à guerra. Quando o Palácio de Buckingham foi bombardeado, ela disse: "Estou feliz que fomos bombardeados. Me faz sentir que agora posso olhar o East End (área de Londres devastada pela Guerra) na cara." 
Extremamente popular, lindíssima e um amor, morreu aos 101 anos (!!!!) em 2002, provando que era dura mesmo. E sua filha, Elizabeth II, provavelmente seguirá seus passos, porque aos 89 anos ainda está ótima. 
Se tivesse uma premiação pra saber qual a fantasia que mais rola nas festas e Halloween por aí, com certeza Cleópatra ganharia. Cleó para os íntimos, a última rainha do Egito que não era egípcia, e sim grega. Há quem diga que Cleópatra bonita só em Hollywood mesmo, porque na realidade não era nadinha. Aí você para e pensa que a maior sedutora da história, embora fosse extremamente vaidosa, não fisgava pela sua aparência: era pelo carisma. Cleó toda trabalhada no ouro e precursora do olhão preto foi uma grande estrategista militar e falava mais idiomas do que nós aprenderemos em 40 vidas, além de ser ótima na filosofia, literatura e arte. Pegou Julio Cesar com o famoso episódio do tapete, que se escondeu dentro e mandou de presente para ele. O Estado Romano se sentia tão ameaçado por ela que inventou as histórias que nós ouvimos até hoje: da mulher inescrupulosa, sedutora de todos os homens, da sexualidade perigosa, porque não queriam admitir que o que ela conseguia era por inteligencia e que uma mulher poderia ser tão poderosa quanto um homem.
Até hoje é inspiração em todos os meios da arte, seja cinema, literatura ou pinturas. Divona!



 
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