Não existe ninguém na famigerada internet que não saiba quem é a Jout Jout. Provavelmente o que vocês não sabem é o que é Salipi, evento responsável pelo encontro que tive com a Julia (e o Caião, mas a gente chega lá).
Teresina inteira parou pela Julia no dia 13 de Junho na Universidade Federal do Piauí, o que reforça a minha teoria de que foi milagre de Deus ter conseguido senha pra autógrafo + foto E entrar no auditório pra ver o bate-papo e ainda ficar na primeira fila. Bate-papo esse que foi mediado, pra minha surpresa, pela mulher que é minha inspiração dentro do Direito desde que me deu uma palestra falando sobre feminismo negro. Sabe aquelas que você olha e pensa "quero ser"? É ela. Então não era só uma mulher que eu admirava muito no palco, mas DUAS, conversando e se abraçando, o que deixou tudo ainda mais incrível.
As quase duas horas dentro daquele teatro se deram no mesmo processo daqueles painéis de comic con que a gente vê no youtube, então em algum ponto o microfone foi destinado a perguntas do povo, o que resultou num guri falando "primeiramente, fora Temer" (aplaudimos por 5 minutos), gente compartilhando histórias tão lindas que a própria Julia desceu lá pra abraçar a pessoa, e minha própria melhor amiga fazendo pergunta ("quais são seus próximos planos?"), coisa que ela não faria em situação nenhuma.
O meu encontro com a Julia foi basicamente essa quem vos fala dizendo "desculpa, tô uma bagunça, vim da universidade direto pra cá [ri de nervoso]" e ela respondendo com "não tem problema" e eu logo depois "olha, amei seu livro demais, sério, já até marquei tudo aqui [mostra os post-is]"e ela "ai Denise, vou desenhar um coração pra cada post-it que você colocou", então meu livro tá cheio de corações gordinhos da Jout. Amor. Mas aí eu PRECISO falar desse livro chamado Tá Todo Mundo Mal, que é uma coletânea de crises vividas por ela, mas que eu também já vivi/estou vivendo, e certeza que você também.
O livro é bem leve, você não consegue deixar de lado quando pega pra ler e nem percebe que já tá lá no final depois de poucas horinhas. Tem o mesmo ritmo dos vídeos, e por isso mesmo é impossível ler sem ouvir a voz dela na sua cabeça, já que ela escreve do jeito que fala. É incrível, e pra quem não conseguia engajar em leitura nenhuma com a desculpa de que "já leio demais na universidade, ninguém merece ainda arrumar livro pra ler", foi uma boa solução pra reverter essa situação.
Então obrigada, Julia, por me dar de volta o interesse pelo Salipi, dessa vez ativamente, pelo abracinho, pelo tchau aleatório quando você me viu na platéia, por dividir suas/nossas crises e me ajudar com elas e, o principal nesse momento, por me inspirar a escrever aqui de novo, falando do que eu amo e do meu jeito. Você é puro amor.
*Sim, passei tanto tempo fora que sai como estudante do último ano do ensino médio e voltei como estudante de Direito da Universidade Estadual do Piauí. Olá de novo.
P.S.1: Caio. Tive conhecidos meus que estavam trabalhando no evento me dizendo ontem que Caio não estava aqui. Gritamos por Caio. Caio apareceu na minha frente do nada. Caio é lindo, extremamente simpático, tem um sorriso maravilhoso e agradeceu quando elogiei o prefácio dele no livro da Julia. O prefácio é tão bom quanto o livro. Leiam!
P.S.2: Eu acabei de terminar Sense8, entrou no meu top 3 de séries mais lindas do mundo, e a gente tem que falar sobre isso, mas já tô adiantando porque ontem antes do bate-papo teve um pocket show da banda Madalena Soul, e a última música que eles cantaram, depois de falar brevemente sobre igualdade, foi What's Up. Sim, a música daquela cena de Sense8 que até quem não vê a série conhece. Chorei de cair lágrima e ter que tirar os óculos pra limpar.
P.S.3: Não sei se ficou claro com todo o meu fuss over Jout Jout, mas eu voltei. A gente conversa sobre o nome novo do bloguinho em outra oportunidade.